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Meta de eficiência energética esbarra em montadoras

Rota 2030 pode demorar 10 anos para definir limites de consumo e de emissões

O Rota 2030, novo conjunto de regras para a indústria automotiva, vai impor metas de eficiência energética não só para veículos leves, mas também para caminhões e ônibus. Esta promessa do programa, no entanto, deve demorar algum tempo para se concretizar aparentemente por resistência das montadoras. “A ideia que está em discussão é começar as medições depois da implementação do Euro 6 (prevista para 2022) para, em 2027, definir metas a serem alcançadas no fim da década”, conta Luis Afonso Pasquotto, presidente da fabricante de motores diesel Cummins e do Simea, simpósio de engenharia da AEA (Associação de Engenharia Automotiva) que acontece entre 12 e 13 de setembro em São Paulo.

O executivo reconhece que a demora de 10 anos apenas para definir as metas é um tanto exagerada. “Há um consenso de trabalhar com um software europeu para aferir a eficiência dos pesados, já que a maior parte das fabricantes é desta região. A questão é que uma série de empresas, como a Cummins, sugeriu a implementação mais rápida de um sistema simplificado, dos Estados Unidos, para que a gente comece antes e depois refine, mas há certa polemica em torno disso”, conta, sem entrar em detalhes.

Não é a primeira vez que fabricantes de veículos viram obstáculo para a elaboração de metas de eficiência energética no Brasil. Em 2012, quando o Inovar-Auto estava em gestação no governo, pessoas envolvidas no desenho do programa confirmaram que as montadoras tentavam barrar o avanço da exigência de redução do consumo e das emissões dos carros. Hoje a eficiência energética é vista como uma das grandes vitórias do Inovar-Auto, que termina no fim de 2017. Dados indicam que, por causa da legislação, o consumo de combustível dos carros vendidos no Brasil diminuiu 15% nos últimos cinco anos (leia aqui).