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Novo Delivery amplia família Volkswagen

Projeto Phevos de caminhões semileves e leves recebeu R$ 1 bilhão

Após cinco anos de desenvolvimento e investimentos que alcançaram R$ 1 bilhão, a MAN Latin America tirou do papel o Projeto Phevos, que agora toma corpo na forma de seis novos caminhões Delivery, que ampliam a família Volkswagen para o segmento de veículos de carga semileves, com uma versão de 3,5 e outra de 4 toneladas de peso bruto total (PBT), onde a marca ainda não atuava. As seis versões, projetadas do zero pela engenharia brasileira da empresa, serão apresentadas ao público na Fenatran em outubro e lançados de forma gradual entre o fim deste ano e início de 2018. Os novos modelos vão conviver no mercado com os outros cinco Delivery leves e médios que já estavam à venda, com a cabine antiga.

“É o maior investimento já feito na história (de 35 anos) da Volkswagen Caminhões e Ônibus, que marca nossa entrada no segmento abaixo das 5 toneladas (de PBT) e nos transforma em uma marca full-liner”, afirma Roberto Cortes, presidente da MAN Latin America. Agora sem segredos a guardar, ele confirma que o Projeto Phevos foi iniciado em 2011 na matriz da MAN na Alemanha, com o objetivo de desenvolver uma nova linha global de caminhões pequenos, mas em 2013 a empresa avaliou que os modelos não seriam bem-sucedidos na Europa ou China. “Foi quando decidimos assumir todo o projeto para renovar e ampliar a família Delivery”, conta Cortes.

Isso não quer dizer, contudo, que a nova família Delivery tenha se tornado um projeto regional, mas sim uma nova plataforma internacional de caminhões Volkswagen. “Faz parte de nossa linha global e da estratégia de expansão internacional da marca Volkswagen de caminhões, que serão vendidos em todos os mercados onde já atuamos e em novos, para ajudar a fábrica de Resende (RJ) a atingir sua capacidade de produção de 100 mil veículos/ano. Isso não vai acontecer agora, mas esperamos que seja mais rápido do que pensamos”, diz o executivo, apostando que esse objetivo poderá ser alcançado a partir de 2020/2021, principalmente pelo aumento das exportações.

Marcos Forgioni, vice-presidente de mercados internacionais, estima que em médio e longo prazos a nova família Delivery tem potencial para vender algo como 20 mil unidades/ano em diversos países, incluindo quase toda a América do Sul e Central, México, África e Oriente Médio, contando com plantas de montagem em CKD nessas regiões.

Para o Brasil, a estimativa é que a linha Delivery tem potencial para 30 mil unidades/ano quando o mercado voltar à sua plenitude. “Não será agora, mas temos certeza que isso irá acontecer no longo prazo”, afirma Ricardo Alouche, vice-presidente de vendas e marketing. Segundo ele, o novo Delivery chega em momento de expansão do segmento de caminhões leves e semileves, que hoje representam 31% das vendas totais no País e a estimativa é que essa participação cresça para quase 40% em uma década.

“Ao mesmo tempo em que cresce a demanda por entregas urbanas, também avançam as restrições às circulação de caminhões nas grandes cidades. Ampliamos o número de versões do Delivery justamente para atender essa necessidade que ouvimos dos clientes”, explica Alouche. Ele destaca que a nova família foi preparada para receber com facilidade diversas configurações de entre-eixos e todos os seis podem ser transformados em VUCs (veículos urbanos de carga), que não têm restrições de trânsito.

A versão menor batizada Express, de 3,5 toneladas, já é um VUC de berço, é classificada como caminhoneta e pode ser dirigida por motoristas com habilitação “B”, a mesma requerida para guiar carros e comerciais leves. O Delivery Express tem até motor de picape, o novo Cummins 2.8 de 150 cavalos com tecnologia de controle de emissões EGR, de recirculação de gases, que dispensa do uso de Arla 32. Para Alouche, deverá representar perto de 20% das vendas da família Delivery, com objetivo de abocanhar ao menos 30% de participação no segmento de 3,5 toneladas, o que atualmente equivale de 100 a 150 unidades por mês.

O preço sugerido da versão Express deverá ser fixado em R$ 118 mil e o cliente poderá optar por comprar o caminhão já implementado de fábrica, com baú por R$ 10 mil ou carroceria de metal para carga seca por R$ 7 mil. “É um tipo diferente de cliente do que estamos acostumados, por isso a rede terá um atendimento diferenciado para ele, incluindo venda com ou sem implemento, planos de consórcio e financiamento CDC”, conta o executivo.

Alouche afirma que não chega a ser um problema a maior complexidade de produção trazida pelos seis novos e completamente diferentes integrantes da linha Delivery. “Decidimos fazer porque enxergamos essa demanda dos clientes”, garante. “Tínhamos um produto (o velho Delivery) mais robusto do que o mercado necessitava, em uma faixa dominada por chassis de vans ou picapes coreanas. Agora temos veículos melhores ajustados e configurados para esse segmento”, avalia.

Apesar de a nova linha custar de 7% a 15% mais caro em comparação com as versões antigas, Alouche espera que com o tempo os novos Delivery devem representar 75% das vendas da família. “Deve acontecer algo parecido com o lançamento do Constellation em 2005, quando decidimos manter em produção a cabine antiga Worker, que faz parte da linha até hoje com participação menor de 15% das vendas”, diz.

Todo o projeto do no Delivery nasceu do zero, o modelo não compartilha nenhuma peça com o modelo anterior, incluindo o powertrain. O motor Cummins 3.8 já existia, mas foi reconfigurado para equipar as versões de 13, 11 e 9 toneladas de PBT. Já os dois motores de 2,8 litros são novos projetos, um tem pós-tratamento de gases SCR, que usa Arla 32, e outro o EGR de recirculação de gases que dispensa o reagente à base de ureia. A transmissão manual de seis marchas é fornecida pela Eaton, que já prepara versões automatizadas que estarão disponíveis em toda a linha até o fim de 2018, a começar pelo mais pesado.

A cabine também é completamente nova por dentro e por fora. Foi desenhada na Alemanha pela Volkswagen Veículos Comerciais e segue a identidade visual da marca, mais se assemelhando ao design de uma van como a VW Crafter vendida na Europa. Até o quadro de instrumentos segue padrão global de veículos do Grupo Volkswagen, com dois indicadores analógicos e tela do computador de bordo ao centro.
A bordo o conforto e dirigibilidade são parecidos com o de um carro de passeio. A suspensão dianteira independente corrobora com essa qualidade e confere ao novo Delivery menor raio de giro para facilitar manobras na cidade. Também estão disponíveis ar-condicionado, sistema de som, acionamento elétrico de vidros, travas e retrovisores.

• Delivery Express – Combina a agilidade dos automóveis em manobras rápidas à robustez dos caminhões. Pode ser guiado por motoristas com carteira de habilitação categoria B e trafegar em áreas onde a circulação de caminhões é restrita. O rodado simples na traseira traz o benefício da cobrança de pedágio no valor de um automóvel. Tem motor Cummins ISF de 2,8 litros com tecnologia de recirculação de gases EGR, dispensando uso de Arla 32. Alcança 150 cv e torque máximo de 360 Nm. Tem airbags tanto para o motorista como para os dois passageiros, este com 160 litros, associado a cintos de segurança com pré-tensionadores.

• Delivery 4.150 – Outra estreia da VW Caminhões no segmento de semileves e que já conta com financiamento via Finame. É muito parecido com o Expressa e usa o mesmo motor Cummins ISF de 2,8 litros e 150 cv com EGR. A transmissão manual de seis marchas é a Eaton ESO-4106.

• Delivery 6.160 – Este tem caixa ESO-4206 de seis velocidades e motorização Cummins ISF de 2.8 com SCR para pós-tratamento de gases com injeção de Arla 32. A potência chega a 160 cv e torque máximo de 430 Nm.

• Delivery 9.170 – Com uso de novos materiais o modelo teve redução de peso da ordem de 10% na comparação com seu antecessor, tornando-se mais econômico e com maior capacidade de carga. Seu motor é o Cummins ISF de 3,8 litros e tecnologia SCR, com torque máximo de 600 Nm e 165 cv de potência. A transmissão manual é a ESO-6106, com seis velocidades.

• Delivery 11.180 – Indicado para entregas urbanas e serviços rodoviários de curtas e médias distâncias, o novo Delivery 11.180 é equipado com motor Cummins ISF 3.8 SCR, com torque máximo de 600 Nm e 175 cv de potência, além da transmissão manual ESO-6106.

Delivery 13.180 – Primeiro modelo equipado com terceiro eixo da nova família, é o caminhão com maior capacidade da linha, mas projetado de acordo com a legislação de circulação de Veículo Urbano de Carga (VUC) nas cidades onde há restrição de tráfego. Tem o mesmo motor Cummins ISF 3.8 SCR, com torque máximo de 600 Nm e 175 cv de potência e transmissão manual ESO-6206.